A Bombardier acaba de dar um grande impulso em seu investimento na parte de aviação executiva da empresa. O fabricante canadense chegou a um acordo definitivo para adquirir o programa Global 7500 do grupo Triumph. O movimento coloca uma questão sobre se a Bombardier já tomou a decisão de abandonar a divisão de jatos comerciais com seu único programa da série CRJ em favor da aviação executiva.

A fabricante de aviões canadense anunciou que comprará a unidade de fabricação de asas da Triumph Group, fabricante de peças de aviões com sede nos EUA, em 24 de janeiro de 2019, alegando que a compra ajudará a garantir a produção de seu jato executivo. O acordo deverá ser fechado no primeiro trimestre de 2019, mas permanece sujeito a algumas condições de fechamento.

A nova compra não deve alterar a margem EBIT 2019 da unidade de negócios da Bombardier, antes da orientação de itens especiais de aproximadamente 7,5%. Mas alguns aspectos negativos de curto prazo são esperados; Já para 2020, a unidade “agora tem como meta 50 pontos-base de crescimento de margem para aproximadamente 8%, o objetivo mais baixo do objetivo anteriormente fornecido”, revela a Bombardier em um comunicado.

Mais um passo da aviação comercial?

O anúncio vem dias depois que o CEO da Bombardier, Alain Bellemare, disse à Reuters que a empresa está investigando “todas as opções estratégicas” para seu programa de jatos regionais CRJ. Entre essas “opções”, uma venda potencial, também não está ainda descartada, no entanto, a prioridade permanece para conquistar encomendas e cortar custos, segundo Bellemare. A empresa deve chegar a uma decisão final sobre o programa CRJ no final de 2019.

A carteira de pedidos da Bombardier em 30 de setembro de 2018 listou 56 pedidos de jatos CRJ no último relatório de status disponível . Deles, a grande maioria (50 de 56) foi para CRJ900.

O programa de jatos regionais CRJ é o último programa de aviação comercial da Bombardier. A empresa entregou sua assinatura C Series à Airbus em julho de 2018. Em novembro de 2018, a fabricante canadense anunciou que uma ação semelhante está aguardando sua série Q. A empresa vendeu sua linha de turboélices Q400 juntamente com ativos e propriedade intelectual para outros modelos Dash 8 (-100, -200 e -300) para a Viking Air por US $ 300 milhões.

Fonte: Aerotime