O tráfego de carga aérea no mercado europeu acumulou um crescimento de 3,2% em toneladas de carga transportadas por quilômetro. Quanto às toneladas de carga por quilômetro disponíveis, os últimos dados revelados pela IATA dão conta de um aumento de 4,3%. Assim, actualmente, o mercado europeu concentra 23,3% da actividade internacional do sector.

Em escala global, os resultados mostram um aumento de 3,5% na actividade, número significativamente inferior ao crescimento de 9,7% registado durante a totalidade do ano de 2017. Por outro lado, a capacidade de carga cresceu 5,4% nesses doze meses.

«A procura por carga aérea perdeu força no final de 2018 devido ao enfraquecimento do comércio mundial, à perda da confiança do consumidor e à situação geopolítica. Mesmo assim, a procura cresceu 3,5% em relação a 2017», adiantou Alexandre de Juniac, director-geral da IATA.

Alexandra de Juniac mostrou-se «cautelosamente optimista», ao encarar as previsões de que a procura crescerá 3,7% em 2019. «Mas, com a persistência de tensões comerciais e medidas proteccionistas por banda de alguns governos, existe um risco significativo de que as quedas ocorram. Portanto, manter as fronteiras abertas às pessoas e ao comércio é fundamental», reiterou, reforçando uma mensagem já vincada pela IATA durante todo o ano de 2018.

Em termos da evolução do restante dos mercados, no caso da Ásia-Pacífico, que representa 35,4% da actividade global de carga, o tráfego aumentou 1,7% em 2018 e a capacidade aumentou 5%. As companhias aéreas da América do Norte, por outro lado, movimentam 23,7% da carga aérea mundial. Nesta região, o tráfego aéreo melhorou em 6,8% e as toneladas de carga por quilómetro disponível fizeram-no em 6,8%.

Além disso, as estatísticas mostram que o volume de carga no Oriente Médio aumentou 3,9% e a capacidade em 6,2%. Por sua vez, as companhias aéreas latino-americanas apresentaram um aumento na procura de 5,8% e das toneladas de carga disponíveis por quilómetro de 3,4%. Finalmente, a actividade caiu 1,3% na África em termos de toneladas de carga transportada por quilómetro . Quanto às toneladas de carga disponíveis por quilómetro, observa-se uma leve melhora de 1%.

Fonte: Revista Cargo Portugal