Papéis acumularam queda de 11% nos dois primeiros dias da semana. Três dias após o acidente na Etiópia de um de seus principais aviões, o 737 MAX 8, a Boeing continua vendo o valor de suas ações cair na bolsa de Nova York. Por volta das 15h50 desta quarta-feira (13), no horário de Brasília, os
Papéis acumularam queda de 11% nos dois primeiros dias da semana.
Três dias após o acidente na Etiópia de um de seus principais aviões, o 737 MAX 8, a Boeing continua vendo o valor de suas ações cair na bolsa de Nova York. Por volta das 15h50 desta quarta-feira (13), no horário de Brasília, os papéis tinham queda de cerca de 2%.
Nos dois primeiros pregões da semana, as ações da Boeing acumularam queda de 11%, refletindo a decisão de vários países de suspender o uso dos aviões 737 MAX 8, levantando dúvidas sobre possíveis reflexos econômicos sobre a companhia. Com o recuo, a empresa perdeu mais de US$ 26 bilhões em valor de mercado.
Na manhã desta quarta, no entanto, os papéis tinham leve recuperação – interrompida por um revés nos Estados Unidos: o presidente Donald Trump determinou a suspensão imediata de voos com o modelo de avião no país.
A queda de um avião da Ethiopian Airlines no domingo deixou 157 mortos e foi o segundo acidente em 5 meses envolvendo um 737 MAX 8, que é a versão mais recente do avião comercial mais vendido no mundo. No fim de outubro de 2018, 189 pessoas morreram em um voo da indonésia Lion Air.
Após a queda do 737 MAX 8 na Indonésia, a comunidade aeronáutica passou a questionar a falta de informação das companhias e dos pilotos sobre seu novo sistema de aviso de entrada em perda de sustentação, informa a agência AFP.
Mais de 30 países e diversas companhias aéreas adotaram, por precaução, restrições ao uso do Boeing 737 MAX 8. Na terça, a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia suspendeu os voos com o Boeing 737 MAX 8 e com o 737 MAX 9 – outro modelo semelhante ao que se acidentou na Etiópia.
Segundo a Boeing, atualmente 350 aeronaves desse modelo são operadas por cerca de 50 operadoras no mundo.
Boeing 737 Max 8 da Gol — Foto: Divulgação
No Brasil, apenas a Gol possui aviões da Boeing modelo 737 MAX 8 e opera com sete deles em rotas para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe, preferencialmente. Outras empresas, porém, operam esse modelo em rotas que incluem o Brasil, como a Aerolíneas.
No começo da noite de segunda, a Gol anunciou a suspensão temporária do uso do modelo 737 MAX 8. A Gol informou que os clientes com viagens previstas nas aeronaves 737 Max 8 serão comunicados e reacomodados em voos da empresa ou de outras companhias aéreas.
A empresa afirma que, desde junho de 2018, já realizou 2.933 voos com o Boeing 737 Max 8, “totalizando mais de 12.700 horas, com total segurança e eficiência”. De acordo com plano de renovação da frota anunciado em dezembro pela Gol, a empresa tem uma encomenda de 135 aeronaves Boeing 737 MAX com previsão de entrega até 2028.
A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (Anac) informou que acompanha as investigações. A agência emitiu um relatório de avaliação operacional próprio para avaliar exclusivamente as condições técnicas e operacionais desse modelo e suas variantes.
Fonte: G1
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