O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que, devido ao surto de coronavírus Covid-19, que matou 38 pessoas e contaminou mais de 1.200 no país, todos os voos da Europa para os Estados Unidos serão suspensos a partir de 13 de março de 2020, por um período de 30 dias.

Serão impedidas as entradas de qualquer pessoa que residiu no espaço Schengen durante os catorze dias antes de sua chegada. Pessoas que viajam do Reino Unido, Irlanda e outros países, além de cidadãos dos EUA, membros de suas famílias e residentes permanentes estão isentas desta medida. Bens e carga também não são afetados pela proibição.

O presidente apontou o fracasso dos países europeus em proibir voos de e para a China no início do surto e disse que os últimos casos de coronavírus foram trazidos para os EUA por cidadãos europeus. “Nosso futuro permanece mais brilhante do que qualquer um pode imaginar”, concluiu Trump.

Horas antes da proibição de viagem, o vice-secretário interino de Segurança Interna, Ken Cuccinelli, disse que a ausência de fronteiras rígidas devido à zona Schengen significa que a Europa pode ter que ser tratada “como um todo”.

“A Europa é a nova China”, declarou Robert Redfield, chefe dos Centros de Detecção e Prevenção de Doenças. “É daí que vêm os casos”. Enquanto isso, algumas rotas entre a China e os Estados Unidos ainda estão sendo operadas.

A medida já está recebendo algumas críticas. “A maioria dos países europeus é tão segura quanto os Estados Unidos”, disse Lawrence Gostin, professor de saúde pública na Universidade de Georgetown no Twitter. “Devemos priorizar a saúde pública, não nos distrair com o fechamento de fronteiras. O Covid-19 já está lá; germes não param nas fronteiras. ”

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde qualificou o surto de coronavírus como uma pandemia global. Em uma medida sem precedentes, o Departamento de Estado agora aconselha os cidadãos dos EUA a evitar viajar para qualquer país, estendendo o nível de aviso já aplicado para a Itália e a Coréia do Sul a todo o planeta devido à escala global da pandemia.

Fonte: aerotime.aero