Diretores da ANAC participaram da abertura do AirConnected na quarta-feira (1/9) e destacaram a evolução regulatória da aviação e como se dará a retomada pós Covid-19
Com o tema transporte aéreo resiliente, flexível e tecnológico, o AirConnected reuniu, na quarta-feira (1/9), representantes da aviação brasileira e internacional para debater o presente e o futuro do setor, bem como os desafios da pandemia causada pela Covid-19 que afetou fortemente o segmento aéreo no país e no mundo.
Em modelo híbrido e com protocolos sanitários adotados, como testes rápidos, distanciamento social e comprovante de vacinação, a abertura do evento contou com três painéis e destacou temas como a retomada no cenário doméstico e internacional, os aprendizados e as medidas adotadas durante a pandemia, a evolução regulatória, meio ambiente e como a tecnologia e a capacidade de adaptação auxiliaram o setor durante a Covid-19.
Com o tema “Líderes comentam o presente”, o primeiro painel contou com a participação do Presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz, como moderador; o Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, Chefe de Operações do DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo); John Rodgerson, Presidente da Azul Linhas Aéreas; e Dyogo Oliveira, Presidente da ANEAA (Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos).
No painel “Líderes comentam o futuro”, o segundo do dia, o Diretor-Presidente da ANAC, Juliano Noman, abordou os ensinamentos que a pandemia trouxe ao setor, destacando as oportunidades para avançar no ambiente regulatório e na celeridade de muitas mudanças regulatórias implementadas. “A expectativa e o objetivo é sair da pandemia muito melhor do que entramos nela, em todos os sentidos. A pandemia nos fez experimentar uma revolução regulatória no setor. Enxergo um setor de aviação que percebe a relação regulado e regulador diferente. Regular mantendo a segurança e o setor privado com flexibilidade e dinamismo adequados para enfrentar crises como essa”, destacou o Diretor-Presidente.
Para Noman, o Brasil mostrou muita força no quesito articulação e gerenciamento de risco e o setor aéreo se articulou muito rápido. “A importância da retomada no nosso setor existe porque conecta o mundo e as pessoas. Nossa experiência na pandemia foi saber identificar, medir e mitigar o risco, algo que o setor sabe fazer bem e é muito preparado para isso”.
A comprovação da vacinação no transporte aéreo é um dos principais desafios no momento para alavancar a aviação, sobretudo no cenário internacional, segundo o Diretor-Presidente da ANAC. “Já vemos uma retomada no mercado doméstico. Estamos confiantes com o que vem pela frente. Temos que ter atenção ao presente, mas com muita fé no futuro. Faremos muito mais e melhor juntos”, finalizou Noman.
No mesmo debate, estiveram presentes o CEO da ALTA (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), José Ricardo Botelho; o Presidente da Gol Linhas Aéreas, Paulo Kakinoff; o Diretor-Geral da ACI-LAC (Conselho Internacional de Aeroportos – América Latina e Caribe), Rafael Echevarne; e o Presidente da RioGaleão, Alexandre Monteiro.
Sob a ótica das companhias aéreas e dos aeroportos, a previsibilidade e consistência para a retomada, com a vacinação avançando, bem como a importância da tecnologia foram os pontos mais destacados. “Há uma resiliência imensa do setor, a indústria já está acostumada a reconstruções, mas o que contribuiu para a retomada, neste momento, é o uso de novas tecnologias”, afirmou Kakinoff.
O Diretor-Geral da ACI-LAC, Rafael Echevarne, também reforçou a importância da tecnologia na retomada. “É fundamental o Certificado de Vacinação para o avanço das viagens, principalmente dentro da América Latina, a tecnologia alinhada para facilitar todos os processos, principalmente evitar o contágio pela Covid-19, e a melhora da experiência do passageiro, como o uso do embarque via reconhecimento facial”.
Setor aéreo: antes e depois da Covid-19
Para trazer aspectos relacionadas ao antes e depois da Covid-19, o Diretor Ricardo Catanant ressaltou os esforços para a integração do mercado Latino-Americano, troca de aeronaves mais antigas por mais modernas e um incentivo na integração dos passageiros, inclusive por meio de acordos aéreos abertos (céus abertos). Catanant destacou, ainda, o empenho da ANAC em abrir o mercado com a Argentina, único país Sul-Americano que ainda não possui acordo de céus abertos com o Brasil. “Temos espaço para crescer mais, em alinhamento com as regulações aplicadas aos demais países dessa região”, afirmou o Diretor da ANAC.
Em alinhamento às regulações aplicadas aos demais países Sul-Americanos, o Diretor defendeu que a Agência está buscando posicionar o Brasil para continuar trazendo empresas de baixo custo ao país, adotando, cada vez mais, regulações flexíveis, principalmente para o pós-pandemia.
Em sua fala, Catanant salientou também que outras pautas são fundamentais para o crescimento e fortalecimento da aviação, como o avanço na produção e utilização de biocombustíveis e novas iniciativas para aumentar a concorrência do combustível de aviação (QAV). “Tudo isso contribui para um setor mais eficiente e de menor custo para empresas e passageiros”, finalizou o Diretor.
Participaram ainda do último painel o Secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, o CEO da Latam, Jerome Cadier; o Presidente da São Paulo Convention & Visitors Bureau e da UNEDESTINOS, Toni Sando de Oliveira; e a Secretária Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Governo Federal, Martha Seillier.
Encerrando a abertura, de forma remota, o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, destacou os avanços na infraestrutura aeroportuária brasileira com as rodadas de concessões, que vão trazer investimentos ao país em um cenário atual desafiador, e as medidas adotadas pelo Governo Federal ao setor aéreo durante a pandemia, como os reequilíbrios econômicos aos aeroportos.
“Seguimos a agenda de investimentos com as rodadas de concessões mesmo em um cenário extremamente adverso, para atrair novos entrantes no mercado da aviação e melhorar a qualidade dos serviços aeroportuários no país. Há uma resiliência admirável do setor aéreo, com um direcionamento forte para a desburocratização que veio junto com o Programa Voo Simples, tocado pela ANAC. As expectativas são as melhores possíveis com o avanço da vacinação, a redução dos casos de Covid-19 e a euforia das pessoas em voltar a viajar. Temos o compromisso com uma agenda bem aquecida de investimentos na infraestrutura aeroportuária do Brasil e estamos cumprindo”, enfatizou o Ministro.
O EVENTO – Realizado pela Necta – Conexões com Propósito e Fenelon Advogados, a proposta do AirConnected é envolver a cadeia do transporte aéreo para debater a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas sustentáveis para adaptação frente a esse novo cenário desafiador, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos.
Assessoria de Comunicação Social da ANAC
www.gov.br/anac
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