ILS: Sistema possibilita o pouso de aeronaves mesmo com baixa visibilidade

ILS: Sistema possibilita o pouso de aeronaves mesmo com baixa visibilidade

O sistema auxilia o piloto no pouso sob condições de teto e visibilidade restrita, cujos parâmetros são previamente definidos de acordo com a categoria do ILS, que pode ser um, dois ou três.

O inverno torna-se um desafio para as operações de alguns aeroportos brasileiros, especialmente nas áreas litorâneas e na região Sul do Brasil. Nuvens baixas e nevoeiro reduzem ou simplesmente anulam a visibilidade da cabeceira da pista.
Para realizar o pouso, os pilotos recorrem ao sistema de pouso por instrumentos, na sigla em inglês ILS (Instrument Landing System), um equipamento que fornece ao piloto duas informações essenciais: o eixo da pista e a rampa ideal de planeio.
O sistema auxilia o piloto no pouso sob condições de teto e visibilidade restrita, cujos parâmetros são previamente definidos de acordo com a categoria do ILS, que pode ser um, dois ou três.


Todos os aeroportos considerados como as principais portas de entrada no Brasil estão equipados com ILS. De acordo com o Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo de 2024, publicado pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, os seis principais aeroportos em número de movimentos aéreos, Guarulhos, Congonhas, Brasília, Campinas, Confins e Galeão, dispõem de ILS.

Atualmente, o Brasil possui de um total de 41 equipamentos ILS instalados, sendo 37 com performance de categoria um; três aeroportos operam a categoria dois , sendo dois equipamentos em Guarulhos (SP), e os demais no Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) e Afonso Pena, em Curitiba (PR); e ainda o CAT 3 está disponível para operação no aeroporto de Guarulhos.

Do ponto de vista técnico, o equipamento ILS é o mesmo para todas as categorias. O que muda são os ajustes dos níveis de precisão, os equipamentos complementares e a adaptação da infraestrutura do aeroporto”, explica o Capitão Bruno Garcia Franciscone, da Seção de Planejamento de Gerenciamento de Tráfego Aéreo do Subdepartamento de Operações do DECEA.

O equipamento é usado para reduzir os limites mínimos de visibilidade horizontal e vertical para pousos em situações em que há condições meteorológicas adversas, como nevoeiros ou até uma chuva forte. Mas não basta o aeroporto estar com os equipamentos homologados em operação. Para pousar com os auxílios à navegação aérea, é necessário que a aeronave esteja certificada e que os pilotos estejam habilitados nas respectivas categorias. Todos têm que estar adequados às normas para operar com segurança.

“Além da segurança de operação em momentos de meteorologia adversa, o sistema permite agilizar o fluxo de tráfego aéreo e melhorar a acessibilidade do aeroporto”, destaca o Capitão Franciscone.

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Texto: Denise Fontes
Fotos: Fábio Maciel e Luiz Perez
Revisão: Capitão Aviador Rodrigues

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