Boeing diz que aeronave elétrica similar ao 737 está “muito longe”

Boeing diz que aeronave elétrica similar ao 737 está “muito longe”

Newsum diz que, embora os sistemas de propulsão elétrica que estão sendo desenvolvidos para veículos de mobilidade aérea urbana ofereçam uma “ponte tecnológica” para futuras aeronaves, inicialmente serão apenas para “aviões menores do tipo regional na década de 2030”.

Aeronaves totalmente elétricas ou com motor híbrido capaz de transportar o mesmo número de passageiros que um Boeing 737 ainda não deverão ser produzidas a curto ou médio prazo, acredita diretor de estratégia ambiental da fabricante de aeronaves norte-americana, Sean Newsum, de acordo com o site Flight Global.

Newsum diz que, embora os sistemas de propulsão elétrica que estão sendo desenvolvidos para veículos de mobilidade aérea urbana ofereçam uma “ponte tecnológica” para futuras aeronaves, inicialmente serão apenas para “aviões menores do tipo regional na década de 2030”. Um avião elétrico similar ao 737 está “muito longe”, diz o representante da fabricante.

Existem outros meios de armazenamento de energia, como a captura direta de carbono no ar e conversão em combustível sintético. Mas para Newsum “há um caminho a percorrer antes que eles sejam economicamente viáveis”.

Outro fator, é que a tecnologia deverá ser empregada em um projeto novo, ou seja, os projetistas deverão elaborar o modelo do zero, o que pode durar anos.

Já um especialista do Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em alemão), avalia que introdução de aeronaves elétricas na aviação comercial deve ocorrer em meados da década de 2040. Andreas Kloeckner, descreveu o cenário na conferência Wings of Change da IATA, em Berlim, no dia 19 de novembro.

O estudioso observa que a pesquisa atual está focada em pequenas aeronaves elétricas do tamanho de passageiros de cerca de 19 assentos, mas que é improvável que transportes como esses voem antes do final da década de 2020.

Modelos maiores, como o Airbus A320 ou Boeing 737, exigiriam novas tecnologias, como células de combustível ou energia de hidrogênio, provavelmente trabalhando com baterias, e só estarão prontas até 2040, estima Kloeckner.

“A solução que acreditamos que podemos fazer é construir uma aeronave elétrica híbrida, onde haverá um sistema de gerador de combustão de hidrogênio mais bateria ou células de combustível mais bateria”, diz o especialista.

Com a tecnologia atual, alimentar um jato do tamanho A320 por apenas 1 hora, exigiria uma bateria aproximadamente do mesmo tamanho da aeronave.

Fonte: Via Trolebus

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