Somente no estado do Norte do país, foram R$ 200 milhões desde 2019. No total, setor recebeu mais de R$ 1,4 bilhão
A expansão da malha área no estado do Amazonas, anunciada pela Azul Linhas Aéreas na quinta-feira (10), vai ao encontro com a política de investimentos em aeroportos regionais conduzida pelo Governo Federal, através da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e da Infraero. Ainda mais em uma região de grandes dimensões como a região amazônica, recortada por rios, com difíceis acessos e muito dependente da navegação.
No total, a companhia terá 15 destinos no Amazonas. Além dos quatro municípios que já recebem voos regularmente, serão atendidos outros oito destinos no estado: Eirunepé, Barcelos, Apuí, Itacoatiara, Humaitá, Borba, Novo Aripuanã e São Gabriel da Cachoeira – o primeiro a entrar em operação, a partir de agosto. Ainda haverá a reativação de outros três: Coari, Lábrea e Maués. O anúncio contou com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
“Essa é uma iniciativa que casa com a dinâmica da nossa economia, cada vez mais voltada para o norte do Brasil”, avalia o ministro Tarcísio Gomes de Freitas. “A gente está falando de levar a aviação para o interior, de democratizar o serviço de aviação, de conectar as pessoas que lá naquela região dependem muito do serviço de transporte aéreo. Essas pessoas vão se conectar ao Brasil e ao mundo e o mundo vai se conectar com a Amazônia”, afirmou o ministro Tarcísio na manhã da quinta-feira (10).
INVESTIMENTOS – Desde 2019, o Governo Federal já investiu mais de R$ 1,4 bilhão no incremento da aviação regional por todo o Brasil, seja através de projetos, compra de equipamentos de navegação aérea ou revitalização dos aeroportos, nas cinco regiões do país. Só no Amazonas, foram cerca de R$ 200 milhões de investimentos.
“Muitos dos aeroportos foram construídos nas décadas de 50, 60 e 70, e aos poucos, foram sendo deixados de lado, sem uma manutenção e operação corretas. Justamente por isso, estamos fazendo esse trabalho de revitalização e colocando esses aeroportos em condições de infraestrutura para atender a operação comercial, adequando ao porte das aeronaves demandadas”, explicou o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann.
Os investimentos, no entanto, não acontecem somente através de recursos federais. Alguns aeroportos regionais também receberão aporte da iniciativa privada por fazerem parte dos blocos leiloados pelo Ministério da Infraestrutura. Foi o que ocorreu na sexta rodada, com o Bloco Norte, formado por Manaus (AM), Tabatinga (AM), Tefé (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC) e Boa Vista (RR). O mesmo será visto nos leilões da sétima rodada, em 2022.
PPP – Além disso, o Governo Federal trabalha para a desestatização de aeroportos regionais através de parcerias público-privada (PPP). Um projeto-piloto está em fase inicial justamente voltado para o Amazonas, propondo a concessão de oito aeroportos: Parintins, Carauari, Coari, Eirunepé, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Lábrea e Maués, com investimentos previstos de R$ 380 milhões.
“É uma região onde o transporte aéreo é necessário, mas onde os municípios são pequenos em termos de receitas e acabam não tendo tantos recursos para poder operar os próprios aeroportos”, disse o diretor de investimentos da SAC, Eduardo Bernardi. “Em uma situação de emergência, as pessoas precisam viajar até dois dias de barco para ter acesso a um hospital. De avião, isso levaria uma hora ou até menos.”
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura
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