A flexibilização das regulamentações. Por Natália Duarte

A flexibilização das regulamentações. Por Natália Duarte

Conseguimos perceber a transformação das preocupações da ANAC sobre o: quem, quando ou como vai ser feito, para: quais os resultados as decisões irão trazer.

Consigo enxergar com clareza o gráfico do nível de exigência das regulamentações da aviação civil ao longo dos anos. Passamos de uma época com muita rigidez e decisões em cada detalhe da gestão aeroportuária para uma em que a administração do aeroporto possui muito mais autonomia nas decisões internas para gestão e garantia da segurança operacional.

O que fica no pensamento é o motivo dessa flexibilização das regulamentações. Pare um pouco a leitura e tente pensar nas opções de resposta para esta dúvida. Eu pensei aqui em duas opções: O nível de segurança operacional aumentou e, com isso, a confiança nas administrações aeroportuárias ou, cientes das concessões para a iniciativa privada, entendeu-se que não seria possível atender todas as exigências do regulamento.

É importante ressaltar que não há resposta certa a não ser que você seja a pessoa que deliberou sobre essa flexibilização. O caso é que é possível que as duas estejam certas. Realmente temos reduzido o número de acidentes e o nível de compreensão e atuação para segurança das operações aumentou consideravelmente. Além disso, tínhamos a gestão de aeroportos na responsabilidade de uma única organização e agora passamos a ter diversas empresas nessa gestão, que tentam a cada dia captar profissionais que possam atuar nas diversas áreas que possuem responsabilidade direta com a operação e manutenção de um aeroporto.

Conseguimos perceber a transformação das preocupações da ANAC sobre o: quem, quando ou como vai ser feito, para: quais resultados as decisões irão trazer. Hoje, o olhar está voltado para a eficiência das tomadas de decisão e o aumento do nível de segurança operacional. Não são quantas não conformidades um aeroporto recebe em uma auditoria e quais delas já são reincidentes, e sim qual o nível de risco que essas não conformidades trazem para a operação e o que está sendo feito para garantir a segurança operacional. É a visão da importância, do comprometimento, tentando tirar o pensamento de “vou fazer porque o regulamento pede” e transformar no “vou fazer porque é importante para a operação do aeroporto e não vai pôr em risco a vida de pessoas”. O quem, quando ou como é responsabilidade da administração aeroportuária, que precisa captar profissionais que irão se comprometer com o alcance dos objetivos, sempre orientados pelas leis, regulamentações e normas internas.

Não importa, por exemplo, que o gestor de manutenção tenha 5 anos de expertise em indústrias ou em aeroportos (Referência: RBAC 153 emenda 02 para aeroportos classe III e IV), o importante é o que o profissional escolhido pela administração aeroportuária apresenta de resultado das suas decisões e gestão da equipe.

A agência está seguindo uma tendência mundial aplicada em diversas organizações, onde as ações são pautadas considerando o quanto realmente contribuem para o alcance dos objetivos, trazendo aos gestores uma visão sistêmica sobre a organização como um todo e tirando a visão isolada do que é preciso apenas para um setor. Essa metodologia fortalece o trabalho em equipe e direciona as visões para um objetivo comum.

E você: O que acha sobre a flexibilização das regulamentações? Fique à vontade para discutir esse assunto comigo pelo meu LinkedIn.–
Sobre Natália Duarte
webmaster
ADMINISTRATOR
PROFILE

Posts Carousel

Deixe uma mensagem

Your email address will not be published. Required fields are marked with *

Últimas Notícias

Mais Comentadas

Vídeos em Destaque

Assine nossa Newsletter

Signa-nos em nossas Redes Sociais