Novos relatórios sugerem que o fabricante aeroespacial europeu Airbus implementou mudanças de design nas partes traseiras da aeronave de passageiros de fuselagem larga A350. O trabalho está sendo realizado em meio a uma disputa de US$ 2 bilhões entre o fabricante e a companhia aérea Qatar Airways, com sede em Doha, sobre danos na superfície do
Novos relatórios sugerem que o fabricante aeroespacial europeu Airbus implementou mudanças de design nas partes traseiras da aeronave de passageiros de fuselagem larga A350. O trabalho está sendo realizado em meio a uma disputa de US$ 2 bilhões entre o fabricante e a companhia aérea Qatar Airways, com sede em Doha, sobre danos na superfície do avião devido a supostos defeitos de projeto.
A Airbus confirmou que a folha de cobre expandida (ECF), um material localizado entre a fuselagem da aeronave e a pintura como proteção contra raios, estava sendo substituída por folha de cobre perfurada (PCF) nos novos A350.
“O PCF está sendo usado em peças da seção traseira de aeronaves entregues a partir do final de 2022”, revelou um porta-voz da Airbus à Reuters.
A última audiência preliminar ocorreu em Londres em 19 de janeiro de 2023.
De acordo com o juiz da Suprema Corte de Londres, David Waksman, a decisão da Airbus de trabalhar na implementação do novo projeto do A350 é “significativa” para o caso em andamento.
Batalha de longa duração
A longa disputa entre a Qatar Airways e a Airbus sobre a erosão da superfície nos jatos A350 e questões de segurança relacionadas começou no final de 2021. Naquela época, a transportadora aérea esperava receber cerca de US$ 600 milhões em compensação pela deterioração prematura da superfície da fuselagem em seu A350. A companhia aérea se concentrou na pintura descascada, que expôs corrosão e lacunas em uma subcamada de proteção contra raios metálica na aeronave.
Em resposta à disputa, a Airbus tentou rescindir um contrato de entrega separado envolvendo 50 jatos A321neo que deveriam ser entregues à transportadora com sede em Doha.
No entanto, o caso de erosão da superfície foi levado a tribunal.
Em abril de 2022, o juiz decidiu a favor da Airbus, autorizando a fabricante a não cumprir sua obrigação contratual de entregar uma encomenda diferente de jatos A321neo para o Catar.
Como a Qatar Airways se recusou a receber alguns dos A350, o tribunal também permitiu que a fabricante de aviões vendesse a aeronave para outros clientes da Airbus, argumentando que a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) garantiu que eles estavam seguros para voar.
A EASA disse que não encontrou evidências de que a pintura ou a erosão da superfície dos jatos A350 representam uma preocupação de segurança.
Em maio de 2022, o Supremo Tribunal de Londres decidiu que a disputa seria levada a julgamento em junho de 2023 em um processo acelerado.
Fonte: AeroTime
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