Tecnologia brasileira traça novo cenário de logística urbana
Na fronteira da inovação tecnológica, a Atech, Empresa do Grupo Embraer, dá mais um passo em direção ao futuro da mobilidade aérea urbana. Em 2024, iniciamos um projeto pioneiro em Curitiba, marcado por uma parceria estratégica com a Prefeitura da cidade, por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação e com a empresa parceira XMobots, que visa transformar a entrega de produtos com drones em uma solução prática e escalável.
A capital paranaense foi escolhida devido à sua vocação em fomentar há muitos anos a inovação na mobilidade urbana e pela existência do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) II, unidade Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) da Força Aérea Brasileira que controla o espaço aéreo da região Sul. Além disso, destaca-se por sua robusta infraestrutura e pelo reconhecimento como uma cidade inovadora, apoiada por uma base legal que incentiva e promove a inovação, facilitando a interação com órgãos normativos essenciais para o sucesso do projeto, como o DECEA e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A relevância desse estudo está em “pavimentar o caminho” para uma malha aérea urbana complexa, capaz de integrar aeronaves remotamente pilotadas, popularmente conhecidas como drones, em operações seguras e eficientes. A proposta é desenvolver um modelo que seja funcional, mas também escalável, permitindo alavancar as operações e impulsionar a economia local permitindo à Atech e o país se posicionarem como protagonistas em uma corrida tecnológica que envolve empresas globais focadas na logística aérea urbana.
“Várias empresas estão estudando formas de viabilizar essa nova modalidade de logística. Quando essa onda de crescimento se consolidar, estaremos prontos para apresentar uma plataforma regulamentada e segura, alinhada às melhores práticas internacionais,” destaca o CEO da Atech, Rodrigo Persico.
O projeto contempla o uso de drones capazes de operar em rotas BVLOS (Beyond Visual Line of Sight), o que significa voos além do alcance visual dos operadores. Essa tecnologia permite superar desafios logísticos, como a necessidade de percorrer longas distâncias e sobrevoar áreas densamente povoadas.
Mais do que voos experimentais, o objetivo é criar uma infraestrutura logística que atenda às exigências do ambiente urbano, considerando edificações, redes elétricas e condições climáticas adversas.
A solução tecnológica desenvolvida pela Atech desempenha um papel fundamental. Ela permite o planejamento de cada missão com antecedência, levando em conta requisitos críticos, como:
– Restrições de voo em áreas específicas;
– Disponibilidade de comunicação;
– Detecção de obstáculos ao longo da rota;
– Condições meteorológicas;
– Conflitos com outras missões programadas para a mesma área.
Após essa análise, os dados da missão são submetidos ao Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo (SARPAS), responsável pela aprovação do plano de voo. Durante a operação, a tecnologia acompanha o trajeto em tempo real, compartilhando informações sobre a posição da aeronave com os órgãos de controle. “Esse processo assegura que todos os stakeholders tenham plena consciência situacional da operação, minimizando riscos e ampliando a eficiência,” explica Agenir Dias, Gerente de Programas ATM na Atech.
O lançamento do projeto foi marcado por um voo simbólico no Parque Tanguá, na capital paranaense, que contou com o apoio da XMobots, a maior empresa de drones da América Latina. Apesar de ser um voo de curta distância, ele representa o primeiro passo de uma jornada que, em 2025, envolverá testes mais complexos e desafiadores.
“Este projeto é um exemplo de como a tecnologia brasileira pode competir em pé de igualdade com grandes players globais, mostrando nossa capacidade de inovar e atender às demandas de um mercado em transformação,” ressalta Marcos Resende, Diretor de Negócios ATM da Atech.
Além de validar a operação em ambiente urbano, o projeto também busca alinhar-se aos conceitos de operação e padrões divulgados no Brasil, Estados Unidos e Europa com tecnologia 100% nacional, garantindo sua competitividade em mercados globais.
“Estamos trabalhando para integrar a inovação tecnológica às necessidades reais do ambiente urbano. A ideia é criar um modelo replicável que possa beneficiar não apenas Curitiba, mas também outras cidades do Brasil e do mundo,” completa Agenir.
Com esse projeto, a Atech reforça seu compromisso em liderar em parceria com os órgãos competentes a transformação da logística urbana. O uso de drones em operações comerciais é uma realidade em plena expansão e a missão da Atech é estar na vanguarda dessa mudança, entregando soluções confiáveis, seguras e alinhadas às necessidades de uma sociedade em constante evolução.
Sobre ATECH https://atech.com.br/
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