VOR’s, NDB’s e o legado essencial deixado para a instrução dos pilotos. Por Marcos Antonio

VOR’s, NDB’s e o legado essencial deixado para a instrução dos pilotos. Por Marcos Antonio

Vale ressaltar que também existem locais onde simplesmente não há procedimentos que utilizem métodos de navegação mais modernos

Por que estudar tanto a rádio navegação se este método está cada dia mais obsoleto, fazendo muitas vezes um papel secundário ou sendo completamente removido como o NDB?

Porque te dará maior consciência situacional, maior capacidade de gerir a carga de trabalho dentro do cockpit e melhor raciocínio, além de ser uma ferramenta a mais em momentos de tomada de decisão. Também é bem divertido e muito satisfatório quando executamos um procedimento com perfeição, voando “na mão”, afinal, todos gostamos de pilotar aeronaves.

Outro ponto extremamente importante envolvendo a rádio navegação é o da redundância! Imagine que você está num procedimento RNAV ou RNP e, eventualmente, há uma perda de sinal dos satélites ou falha no equipamento da aeronave. Nessa ocasião o aviador será forçado a usar os métodos mais antigos, e se não estiver apto para isso, certamente causará problemas para si mesmo e eventualmente até para seus colegas de profissão.

Vale ressaltar que também existem locais onde simplesmente não há procedimentos que utilizem métodos de navegação mais modernos, deixando os pilotos exclusivamente dependentes de NDBs, VORs e outros auxílios a navegação mais antigos. Isto pode acontecer tanto por questões financeiras quanto pela impossibilidade de se utilizar o GNSS por exemplo, conforme indica o PBN Handbook No.6 da união europeia, de abril de 2020, disponibilizado pelo Eurocontrol.

Se mares calmos não fazem bons marinheiros será que céus CAVOK fazem bons aviadores? É algo que eu acho que devemos ao menos nos questionar.

Fazendo uma reflexão simples fica claro que a resposta é não. Basta olhar para a quantidade de treinamentos feitos no simulador, que visam preparar os pilotos para os piores cenários possíveis e imagináveis.

Sabemos que a maioria deles talvez nunca venha a enfrentar as emergências para qual foram treinados, mas mesmo assim, o trabalho continua, eles precisam evoluir, estar cada vez mais capacitados para lidar com as adversidades e essa evolução só é possível graças a frequência dos treinamentos e o aumento do grau de dificuldade. Portanto, um aviador que só “enfrenta” céus CAVOK acaba não explorando todo seu potencial e se limitando.

Também preste muita atenção nos acidentes aeronáuticos, eles nos ajudam a entender melhor o que pode acontecer em situações adversas e podem até nos mostrar erros que nem sabíamos que poderíamos cometer.

Sobre Marcos Antonio Pontes.

Marcos Antonio Pontes

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Foto: Aeroclube de SC-SSKT

3 comentários
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3 Comentários

  • Francisco José Rezende
    08/11/2021, 16:01

    Excelente artigo escrito pelo Marcos Antonio, muito verdadeiro e com conteúdo. Parabéns, Senhor Marcos Antonio.

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  • Francisco Rezende
    08/11/2021, 16:36

    Excelente artigo, faz a gente refletir mais sobre o futuro. Parabéns, Marcos Antonio.

    REPLY
  • NDB
    09/11/2021, 12:07

    ndb é o futuro

    REPLY

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