A extinta companhia aérea sul-africana Comair processou a Boeing por fraude em um acordo para comprar oito aviões 737 MAX, informou a  Reuters .

Segundo o relatório, a Comair, que entrou com a ação em 6 de fevereiro de 2023, no Tribunal Distrital dos EUA em Seattle, está buscando uma indenização no valor de $ 83 milhões de dólares.

A Comair alegou que o fabricante dos EUA falhou em fornecer informações adequadas sobre problemas com o Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS), um sistema de estabilização de voo no Boeing 737 MAX, acrescentou o relatório.  

Problemas com o MCAS foram associados aos dois acidentes fatais do 737 MAX da Lion Air e da Ethiopian Airlines, que resultaram na morte de 346 pessoas.

Comair disse que o fabricante “colocou os lucros acima da segurança e liderou com um plano de fraude”, acrescentou o relatório.

A Comair também alegou que a Boeing se recusou a devolver os pagamentos de depósito de sete aviões Boeing 737 MAX, que não foram entregues, e totalizaram US$ 45,2 milhões. A companhia aérea sul-africana recebeu apenas uma aeronave MAX.

A Comair foi fundada em 1946. A companhia aérea operava rotas sob um contrato de licença com a British Airways e operava a marca de baixo custo Kulula.com.

Antes da pandemia de COVID-19, estimava-se que a companhia aérea detinha uma participação de cerca de 40% na aviação doméstica da África do Sul. A companhia aérea transportava cerca de 4,8 milhões de passageiros por ano usando uma frota de 26 aeronaves Boeing 737.

No entanto, a Comair suspendeu os voos em 31 de maio de 2022, por falta de financiamento e em 9 de junho de 2022, a Comair entrou em processo de liquidação. 

Fonte: AeroTime